A BÊNÇÃO DA OBEDIÊNCIA

 


A BÊNÇÃO DA OBEDIÊNCIA

 

Texto bíblico: Deuteronômio 11:27-28;

Vocês terão bênção, se obedecerem aos mandamentos do Senhor, o seu Deus, que hoje lhes estou dando; mas terão maldição, se desobedecerem aos mandamentos do Senhor, o seu Deus, e se afastarem do caminho que hoje lhes ordeno, para seguir deuses desconhecidos.

 

INTRODUÇÃO:

No último mês, nos dedicamos ao estudo do princípio da autoridade. Descobrimos que todos nós estamos sujeitos a alguma forma de autoridade e que essas figuras são fundamentais para a realização do plano e da missão de Deus em nossas vidas. Hoje, adentramos em um segundo princípio igualmente crucial, que permeia toda a nossa jornada espiritual: a obediência. Reconhecer a autoridade é, sem dúvida, essencial, mas sua observância carece igualmente de importância. Não basta apenas reconhecer que Deus é a autoridade máxima; é imprescindível obedecer a Ele. As Escrituras nos oferecem inúmeras referências sobre a importância e as consequências tanto da obediência quanto da desobediência. Neste momento de reflexão e estudo, convidamo-nos a explorar mais profundamente como a obediência pode moldar nossas vidas e abrir caminho para as incontáveis bênçãos divinas.

 

1- COMPREENDENDO A OBEDIÊNCIA:

A obediência é mais do que simplesmente seguir ordens; é um ato de submissão consciente e voluntária à vontade de outro. Nos dicionários, encontramos definições que destacam essa submissão como uma sujeição total, sem reservas. No entanto, mesmo com essa definição clara, a obediência não é algo inato em nós. Desde os primórdios da história humana, vemos exemplos de resistência à autoridade divina. Adão, o primeiro homem, rebelou-se contra a ordem de Deus no Jardim do Éden, desencadeando uma série de consequências para toda a humanidade.

A desobediência de Adão não foi apenas um ato isolado; foi o resultado de uma escolha deliberada de colocar sua vontade acima da de Deus. Essa mesma tendência à rebeldia tem sido uma marca registrada da humanidade desde então. Muitas vezes, nos encontramos lutando contra a vontade de Deus, resistindo à Sua orientação e ignorando Suas instruções.

A recusa em se submeter à vontade divina pode se manifestar de diversas maneiras em nossas vidas. Pode ser através da desobediência a princípios morais estabelecidos nas Escrituras, da rejeição de conselhos dados por líderes espirituais ou da negligência em buscar a direção de Deus em nossas decisões diárias.

Existe alguma área da sua vida em que você tem resistido à vontade de Deus? Considere como você pode cultivar uma atitude de submissão e obediência em todas as áreas da sua vida. Refletir sobre essas questões nos leva a examinar nossas próprias atitudes e comportamentos. Pode ser que identifiquemos áreas em que estamos lutando contra a vontade de Deus, seguindo nossos próprios caminhos em vez de confiar na orientação divina. Nesses momentos de reflexão, somos desafiados a cultivar uma atitude de humildade e submissão, reconhecendo que a obediência a Deus é o caminho para a verdadeira realização e bênção em nossas vidas.

2- AS CONSEQUÊNCIAS DA DESOBEDIÊNCIA A DEUS:

A desobediência a Deus não é apenas uma transgressão moral; é uma escolha que traz consigo consequências significativas e sérias. As Escrituras nos alertam sobre essas consequências para nos mostrar a gravidade de nossas decisões e para nos motivar a viver em obediência ao Senhor.

a)       A desobediência afasta nossos clamores de Deus: Quando optamos por desobedecer a Deus, nossa comunicação com Ele é prejudicada. Zacarias 7:13 nos adverte que a desobediência cria uma barreira entre nós e Deus: “‘Quando eu os chamei, não deram ouvidos; por isso, quando eles me chamarem, também não ouvirei’, diz o Senhor dos Exércitos”.  Nossas orações podem se tornar vazias e infrutíferas, pois a desobediência nos distancia da presença do Senhor. Em vez de experimentar a proximidade e o poder da comunhão com Deus, podemos nos sentir distantes e desconectados, incapazes de encontrar conforto e direção em nossas dificuldades.

b)      Ela acarreta maldições severas: A desobediência não passa despercebida ao mundo espiritual, e as consequências são severas. A palavra de Deus enumera várias maldições decorrentes da desobediência:  Desposar-te-ás com uma mulher, porém outro homem dormirá com ela; edificarás casa, porém não morarás nela; plantarás vinha, porém não a desfrutarás. O teu boi será morto aos teus olhos, porém dele não comerás; o teu jumento será roubado diante de ti e não voltará a ti; as tuas ovelhas serão dadas aos teus inimigos; e ninguém haverá que te salve. Teus filhos e tuas filhas serão dados a outro povo; os teus olhos o verão e desfalecerão de saudades todo o dia; porém a tua mão nada poderá fazer. (Deuteronômio 28:30-32). As consequências da desobediência podem vir de várias formas, incluindo os resultados naturais de nossas ações, disciplina divina, perda de bênçãos e privilégios espirituais, etc.

c)       Impede-nos de desfrutar das promessas divinas em nossas vidas: A desobediência nos impede de experimentar plenamente as bênçãos e as promessas que Deus tem para nós. Josué 5:6 nos mostra que o povo de Israel não pôde desfrutar da plenitude da Terra Prometida devido à sua desobediência: “Os israelitas tinham andado quarenta anos pelo deserto, até que todos os guerreiros que saíram do Egito morressem, visto que não tinham obedecido ao Senhor. Pois o Senhor lhes havia jurado que não veriam a terra que prometera aos seus antepassados que nos daria, terra onde manam leite e mel.” Da mesma forma, quando desobedecemos a Deus, perdemos as bênçãos e as oportunidades que Ele tem reservadas para nós. Podemos nos encontrar lutando e enfrentando obstáculos que poderiam ter sido evitados se tivéssemos seguido os caminhos do Senhor.

Quais são as áreas da sua vida onde você tem enfrentado obstáculos e derrotas continuamente?  Pode haver alguma desobediência a Deus que esteja contribuindo para essas circunstâncias? É crucial fazer uma avaliação sincera de nossas vidas para identificar áreas em que estamos desobedecendo a Deus. Podemos refletir sobre nossas ações, pensamentos e atitudes para ver se estão alinhadas com os princípios e mandamentos de Deus. Se encontrarmos áreas de desobediência, devemos nos arrepender e buscar a restauração da comunhão com Deus. Isso pode envolver confessar nossos pecados, pedir perdão e tomar medidas para corrigir nosso comportamento. Ao fazê-lo, podemos abrir caminho para receber as bênçãos e o favor de Deus em nossas vidas.

 

3- O SIGNIFICADO DE OBEDIÊNCIA A DEUS:

Obedecer a Deus vai além de simplesmente seguir regras ou cumprir ordens; é uma postura de submissão e reverência à Sua vontade soberana. Envolve não apenas ações externas, mas também uma disposição interna do coração para se alinhar com os propósitos e mandamentos divinos.

Quando obedecemos a Deus, estamos nos submetendo à Sua autoridade suprema e reconhecendo Sua soberania sobre nossas vidas. Isso implica em acatar Suas instruções de maneira íntegra e diligente, sem hesitação ou resistência. Não podemos escolher seguir apenas as partes que nos convêm ou que parecem mais fáceis; a obediência verdadeira requer uma adesão completa e sem reservas aos mandamentos de Deus.

1 Samuel 15:22 nos lembra que Deus valoriza a obediência genuína acima de simples rituais ou sacrifícios externos: “Samuel, porém, respondeu: ‘Acaso tem o Senhor tanto prazer em holocaustos e em sacrifícios quanto em que se obedeça à sua palavra? A obediência é melhor do que o sacrifício, e a submissão é melhor do que a gordura de carneiros’ “. Ele deseja que nosso coração esteja totalmente comprometido com Ele, refletindo-se em nossa prontidão em obedecer Sua vontade em todas as áreas de nossas vidas.

A obediência a Deus também está intrinsecamente ligada à confiança e à fé. Quando escolhemos obedecer, estamos demonstrando nossa confiança na sabedoria e na bondade de Deus, mesmo quando Suas instruções podem parecer contrárias à nossa compreensão humana. Essa confiança é fundamental para cultivar um relacionamento íntimo e significativo com o Criador.

Para crescer em obediência a Deus, é necessário um compromisso consciente e deliberado de buscar Sua vontade em todas as áreas de nossas vidas. Isso pode envolver identificar uma área específica em que estamos lutando para obedecer plenamente a Deus e desenvolver um plano prático para implementar mudanças. Por exemplo, pode ser que identifiquemos a necessidade de ser mais compassivos e amorosos com os outros em nossas interações diárias. Nesse caso, podemos estabelecer metas específicas, como praticar a empatia, perdoar prontamente e demonstrar bondade em nossas palavras e ações. Além disso, podemos comprometer-nos a buscar a orientação de Deus por meio da oração e do estudo da Palavra, a fim de fortalecer nossa capacidade de obedecer e refletir Seu caráter em nossas vidas diárias.

Ao fazer um compromisso consciente de crescer em obediência a Deus, estamos abrindo espaço para que Ele opere em nós e através de nós, transformando-nos cada vez mais à Sua imagem e nos capacitando a viver uma vida que O glorifique em todos os aspectos.

 

4. AS PROMESSAS DA OBEDIÊNCIA A DEUS:

A obediência a Deus não apenas nos traz paz interior e uma consciência tranquila, mas também está acompanhada de promessas divinas que demonstram Seu amor e cuidado por aqueles que escolhem segui-Lo de todo o coração. As Escrituras estão repletas de promessas para aqueles que optam por obedecer aos mandamentos de Deus, e essas promessas abrangem todas as áreas de nossas vidas.

 

a)       Prosperidade em todas as áreas da vida (Deuteronômio 11:13-14): Deus promete prosperidade para aqueles que obedecem a Ele. Essa prosperidade não se limita apenas a riquezas materiais, mas abrange também saúde, relacionamentos saudáveis e sucesso nas nossas empreitadas.

b)      Aceitação por parte de Deus (Romanos 6:16): Ao obedecermos a Deus, demonstramos nossa devoção e fidelidade a Ele, o que nos torna aceitáveis aos Seus olhos. Nossa obediência reflete nosso amor por Ele e nosso desejo de viver de acordo com Sua vontade.

c)       O privilégio de ser povo de Deus (Êxodo 19:5): A obediência nos coloca em uma posição de privilégio como povo de Deus. Somos chamados a ser um povo separado, dedicado a Ele e comprometido com Seus propósitos neste mundo.

d)      Supremacia em todas as situações (Deuteronômio 28:13): A obediência nos coloca em uma posição de autoridade e domínio sobre as circunstâncias. Deus promete nos elevar e nos estabelecer acima dos males deste mundo.

e)      Bênçãos abundantes e bem-estar (Josué 1:8; Deuteronômio 5:29; Tiago 1:25): Aqueles que obedecem a Deus experimentam bênçãos abundantes e bem-estar em suas vidas. Essas bênçãos podem se manifestar de várias maneiras, incluindo paz interior, alegria, contentamento e realização pessoal.

f)        Tornamo-nos morada de Deus (João 14:23): Quando obedecemos a Deus, Ele promete fazer Sua morada em nós. Nossa obediência abre as portas para uma comunhão mais profunda com Ele, permitindo que Sua presença habite em nossos corações.

g)       A garantia de entrada no Reino dos Céus (Mateus 7:21): A obediência é um requisito para entrar no Reino dos Céus. Aqueles que fazem a vontade de Deus serão recebidos no Reino com alegria e receberão a recompensa da vida eterna ao lado do Senhor.

h)      Vida eterna (1 João 2:17): A obediência nos conduz à vida eterna. Aqueles que obedecem a Deus serão recompensados com a bênção da vida eterna ao lado d'Ele no céu.

Refletir sobre essas promessas divinas nos desafia a reivindicá-las em nossas vidas por meio de uma obediência mais plena e confiante. Isso envolve não apenas conhecer intelectualmente essas promessas, mas também viver em conformidade com os mandamentos de Deus em todas as áreas de nossas vidas. Ao confiar nessas promessas e viver em obediência, podemos experimentar o cumprimento das promessas de Deus em nossas vidas e desfrutar de uma comunhão mais profunda com Ele.

 

5- A QUALIDADE DA NOSSA OBEDIÊNCIA:

A qualidade da nossa obediência é crucial para o relacionamento com Deus e para o impacto que temos no mundo ao nosso redor. Não basta apenas obedecer superficialmente; Deus espera uma obediência sincera, de todo o coração, que reflete uma entrega total e contínua à Sua vontade.

a)      Nossa obediência deve ser sincera e de todo o coração (Romanos 6:17): A obediência genuína não é apenas uma questão de seguir regras externas, mas sim uma expressão do nosso amor e devoção a Deus. Ela emerge do mais profundo do nosso ser, moldando nossos pensamentos, motivações e ações de acordo com a vontade de Deus. Romanos 6:17 destaca a importância dessa obediência sincera que vem do coração transformado pelo Espírito Santo.

b)      Uma escolha voluntária e constante: A obediência não deve ser imposta a nós; deve ser uma escolha voluntária que fazemos diariamente. Devemos optar conscientemente por seguir a vontade de Deus, mesmo quando isso requer sacrifício ou vai contra nossos próprios desejos. Além disso, a obediência não é uma decisão única, mas um compromisso constante e contínuo de nos submetermos a Deus em todas as áreas da nossa vida.

c)       Refletindo o exemplo supremo de obediência em Jesus Cristo (João 14:31; 15:10; Romanos 5:19): Jesus Cristo é o modelo supremo de obediência para todos os crentes. Em sua vida terrena, Ele demonstrou uma obediência perfeita ao Pai, mesmo diante das mais difíceis provações e tentações. Seu exemplo nos desafia a seguir os Seus passos, submetendo-nos à vontade de Deus em todas as circunstâncias.

Exemplo - Olhar para Jesus como modelo de obediência nos inspira a buscar maneiras de seguir Seu exemplo em nossa própria jornada de fé. Podemos nos perguntar: Como Jesus reagiria diante das situações que enfrento em minha vida diária? Como posso imitar Sua submissão, humildade e amor sacrificial em meus relacionamentos, trabalho e ministério?

Além disso, podemos buscar aprender mais sobre a vida de Jesus através do estudo da Bíblia e da oração, permitindo que Sua vida e ensinamentos moldem o nosso caráter e comportamento. Ao cultivarmos uma obediência sincera e constante, à semelhança de Cristo, nos aproximamos mais de Deus e nos tornamos instrumentos eficazes em Suas mãos para a realização de Seu Reino na terra.

 

CONCLUSÃO:

A obediência não é uma mera preferência; é uma decisão deliberada que tomamos para nosso próprio bem. Devemos reconhecer nossas falhas na obediência e decidir, de maneira firme, seguir os caminhos de Deus. Ao fazê-lo, abrimos as portas para todas as bênçãos que a obediência pode trazer (Lucas 11:28; Tiago 1:25; Salmo 119:56). Podemos nos unir ao salmista na oração: "Tu és meu tudo, ó SENHOR Deus; prometo obedecer às tuas leis" (Salmo 119:57).

Hoje, tome um momento para se consagrar a Deus em obediência renovada. Ore para que Ele o fortaleça e capacite a viver uma vida de total submissão a Sua vontade.

Se você ainda não tomou a decisão de entregar sua vida a Jesus, considere o quanto Ele tem prometido para aqueles que O obedecem. Se deseja recebê-lo como Salvador e Senhor, faça uma oração agora mesmo, arrependendo-se de seus pecados e entregando-se a Ele em obediência.

E que Cristo, em sua infinita graça, nos abençoe sempre!

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