PROPÓSITO NA PLENITUDE
Texto Bíblico: Mateus 28.18-20
"Então,
Jesus se aproximou deles e disse: 'Foi-me dada toda a autoridade nos céus e na
terra. Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em
nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a obedecer a tudo o
que eu ordenei a vocês. E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos
tempos.'"
Introdução:
Queridos irmãos e irmãs em
Cristo, é uma alegria estar aqui hoje, compartilhando este momento especial no
"Start PGZão 2024". Que a graça e a paz do nosso Senhor Jesus Cristo
permeiem cada coração presente. Estamos reunidos não apenas como membros de uma
igreja, mas como uma família espiritual unida pelo propósito de buscar a Deus
de maneira mais profunda neste novo ano.
Hoje, damos início a um capítulo
significativo em nossa jornada espiritual com o "Start PGZão 2024".
Este evento marca não apenas o início de um novo ano, mas também o lançamento
das atividades dos Pequenos Grupos Multiplicadores (PGMs). Esses grupos,
carinhosamente chamados de PGMs, são o coração pulsante de nossa comunidade.
São pequenas comunidades de fé, onde nos reunimos semanalmente nas casas de
nossos anfitriões para orar, estudar a Palavra e compartilhar nossas vidas uns
com os outros.
A importância dos PGMs reside na
oportunidade de cultivar relacionamentos mais profundos, apoiar uns
aos outros em nossa caminhada espiritual e, acima de tudo, cumprir o
mandato de Jesus de fazer discípulos. Nesses pequenos grupos, encontramos
um espaço de comunhão genuína e crescimento mútuo, onde cada membro é
encorajado a buscar a plenitude do propósito divino em sua vida.
Neste novo ano, somos desafiados
a não apenas participar dos PGMs, mas a sermos agentes ativos de
transformação em nossos grupos. É uma oportunidade de impactarmos vidas, de
crescermos espiritualmente juntos e de nos tornarmos verdadeiros discípulos
multiplicadores. Que o "Start PGZão 2024" não seja apenas um evento,
mas o início de uma jornada intensa em busca da plenitude do propósito que Deus
tem para cada um de nós.
Quebra-gelo
Todos nós temos histórias de
superação, de momentos em que precisamos nos esticar além de nossos limites para
alcançar um objetivo. Que tal explorarmos essas narrativas inspiradoras?
Portanto, convido cada um de
vocês a recordar e compartilhar um desses momentos transformadores. Pode ser um
desafio pessoal, uma meta profissional, ou mesmo um passo ousado na caminhada
espiritual.
Quem se voluntaria a compartilhar
essa história de esforço e superação?
Viver a plenitude só é possível
quando atingimos os propósitos, mas para atingir os propósitos é necessário
estar disposto a passar pelo processo. E esse processo é composto por pelo
menos quatro fundamentos.
I. OBEDIÊNCIA
a. Contexto em Atos e Mateus 28
Quando revisitamos a comissão
dada por Jesus aos discípulos em Mateus 28, somos imersos na magnitude da
responsabilidade e do chamado divino. Nesse momento crucial, o Mestre não
apenas compartilha instruções, mas confia a esses homens a missão de fazer
discípulos de todas as nações, batizando-os e ensinando-os. A obediência a essa
chamada não é apenas uma formalidade, mas o elo essencial para a plenitude do
propósito divino.
Ao avançarmos para o livro de
Atos, encontramos o contexto imediatamente após a comissão em Mateus 28. Aqui,
em Atos 1:4-5, Jesus instrui os discípulos a permanecerem em Jerusalém,
aguardando o cumprimento da promessa do Pai. Essa espera paciente, essa
obediência ao comando de permanecerem juntos, revela a importância da
obediência no processo de receber a plenitude do Espírito Santo.
É importante destacar que a
obediência vai além de uma simples conformidade externa, é uma entrega de
coração que prepara o solo para a obra transformadora do Espírito em nossas
vidas. Ao nos submetermos à vontade de Deus, abrimos espaço para a
manifestação plena do Seu poder e propósito em nós.
A obediência nos capacita para a
missão que nos foi confiada. Quando obedecemos ao chamado de fazer discípulos,
não apenas cumprimos uma ordem, mas participamos ativamente da expansão do
Reino de Deus. A obediência se torna, portanto, a ponte que conecta nossa
resposta ao chamado divino e a realização plena do propósito para o qual fomos
designados.
II. PACIÊNCIA:
a. Aguardando em Jerusalém
A paciência, segundo a
perspectiva cristã, não é apenas uma qualidade desejável, mas é vital em nossa
jornada espiritual. Quando consideramos o chamado de Jesus para fazer
discípulos, entendemos que a paciência se torna um componente essencial nessa
caminhada.
Ficar em Jerusalém aguardando “não
sabemos o quê” requereu muita paciência da parte dos discípulos. Foi um período
de espera crucial, em que os discípulos tiveram que exercitar a paciência para
viverem a plenitude.
A Paciência na Jornada Cristã:
Agir no Tempo de Deus:
Paciência não é passividade; é
uma atitude ativa de confiar no tempo de Deus. Em nossa busca para cumprir o
chamado de fazer discípulos, muitas vezes queremos agir imediatamente. No
entanto, Deus nos desafia a confiar em Seu plano perfeito, agindo no tempo que
Ele determinou.
Evitar Precipitações:
Precipitar-se pode resultar em
ações impulsivas que não estão alinhadas com a vontade divina. A paciência nos
impede de sair precipitadamente, permitindo que Deus orquestre cada detalhe de
nossa jornada.
Confiança no Plano Divino:
A paciência reflete nossa
confiança no plano divino. Mesmo quando não entendemos completamente, confiamos
que Deus está no controle e que Seu plano é mais elevado e mais amplo do que
podemos imaginar.
A paciência, portanto, vai além
de uma simples espera. É uma postura de confiança ativa, moldando nosso caráter
e desenvolvendo nossa fé à medida que aguardamos em obediência ao chamado de
Jesus para fazer discípulos.
III. RESILIÊNCIA:
A resiliência revela-se como uma
marca distintiva dos verdadeiros discípulos de Cristo. É mais do que uma
simples habilidade de enfrentar dificuldades; é a capacidade de permanecer
firme, mesmo diante das mais adversas circunstâncias. Para entendermos melhor
essa virtude, voltamos nosso olhar para os exemplos inspiradores encontrados
nas Escrituras, em especial nos primeiros seguidores de Jesus.
A Resiliência nos Primeiros
Seguidores:
Experiência de Perseguição
(Atos 5:40-42):
Após terem sido açoitados e
proibidos de falar sobre Jesus pelas autoridades da época, os discípulos não
recuaram. Em vez disso, saíram da presença do Sinédrio "alegres por terem
sido considerados dignos de serem humilhados por causa do Nome". Eles continuaram
ensinando e pregando, tanto nos lares quanto no templo, perseverando apesar da
oposição (Atos 5:40-42)
A Importância da Resiliência:
Este exemplo bíblico destaca a
importância da resiliência na jornada cristã. A capacidade de resistir diante
da adversidade não apenas revela a autenticidade de nossa fé, mas também é uma
resposta valiosa ao chamado de Cristo. Ser resiliente significa enfrentar as
dificuldades com coragem, mantendo-se firme nos princípios do Evangelho, mesmo
quando confrontados com perseguição.
Como uma resposta ao Chamado de
Cristo,
a) a
resiliência nos desafia a enfrentar a oposição com coragem e determinação,
mantendo nossa fé inabalável, independentemente das circunstâncias adversas.
b) a
resiliência nos impulsiona continuamente a perseverar na missão de fazer
discípulos, mesmo diante de desafios.
c) a
resiliência alegra o coração. A alegria demonstrada pelos discípulos, mesmo
após açoites e proibições, revela que a resiliência não é apenas uma
resistência passiva, mas uma força que traz alegria e determinação mesmo nas
situações mais difíceis.
IV – DEPENDÊNCIA
A dependência é um pilar
fundamental na vida do discípulo de Cristo, uma verdade que transcende nossa
jornada espiritual. Reconhecer nossa dependência é mais do que um
reconhecimento intelectual; é um profundo entendimento de que, por conta
própria, somos limitados, mas através de Deus, alcançamos a plenitude do
propósito.
A Dependência em Cristo:
Reconhecendo Nossa Limitação:
O primeiro passo na dependência é
reconhecer nossa limitação. Embora possamos ter talentos, habilidades e
recursos, compreendemos que nossa verdadeira força e capacidade vêm de Deus. É
o reconhecimento humilde de que, por nós mesmos, somos insuficientes para
enfrentar os desafios da vida e cumprir o chamado de Deus.
Cristo Detentor de Todo Poder:
O cerne da dependência está em
reconhecer que Cristo detém todo o poder nos céus e na terra. Essa consciência
não apenas nos coloca em uma posição de humildade, mas também nos enche de
esperança, sabendo que servimos a um Deus onipotente que está no controle de
todas as coisas.
A Dependência no Espírito
Santo:
A Capacitação do Espírito
Santo:
Reconhecemos que é o Espírito
Santo quem nos capacita em nossa jornada espiritual. Ele é o Consolador, o
Guia, e aquele que nos dá força para viver de acordo com o propósito divino.
Essa dependência no Espírito Santo não é uma fraqueza, mas uma expressão de
sabedoria espiritual.
Somente em Dependência
Alcançamos a Plenitude:
A plenitude do propósito só é
alcançada quando vivemos em completa dependência de Deus. Isso implica não
apenas buscar Sua orientação em momentos de necessidade extrema, mas cultivar
uma relação constante de dependência, reconhecendo que cada respiração, cada
passo, é sustentado pela graça divina.
A Prática da Dependência
Diária:
Vida de Oração e Comunhão:
A dependência se manifesta em uma
vida de oração constante, onde buscamos a face de Deus em todas as decisões e
desafios. A comunhão regular com Ele é o lembrete constante de que nossa força
provém dEle.
Confiança em Sua Provisão:
Depender de Deus inclui confiar
em Sua provisão. Isso significa não apenas nos apoiarmos em nossos próprios
recursos, mas também confiar que Ele suprirá todas as nossas necessidades de
acordo com Suas riquezas em glória.
Conclusão:
Ao chegarmos ao final deste
momento de reflexão sobre "Propósito na Plenitude", é crucial
recapitular os fundamentos que exploramos: Obediência, Paciência, Resiliência e
Dependência. Cada um desses pilares desenha o mapa da jornada que nos leva à
realização plena do propósito divino em nossas vidas.
Obediência: é a resposta inicial ao chamado de Jesus,
conduzindo-nos à plenitude do Espírito Santo. Ela é a chave que desbloqueia as
portas do propósito divino em nossas vidas.
Paciência: é um componente vital.
Aguardar no tempo de Deus é uma expressão de confiança em Seu plano e molda
nosso caráter à imagem de Cristo.
Resiliência: destaca-se como uma
marca dos verdadeiros discípulos. Resistir diante das adversidades não apenas
revela nossa autenticidade, mas também é uma resposta valiosa ao chamado de
Cristo.
Dependência: Somente ao vivermos em
completa dependência de Deus podemos experimentar a plenitude do propósito
divino.
Desafio para o
Comprometimento:
Diante desses fundamentos, o
desafio é que cada um de nós se comprometa a ser um agente de transformação nos
PGMs. Que nossos compromissos transcendam as palavras e se manifestem em ações
concretas, influenciando vidas e promovendo o crescimento espiritual em nossas
comunidades.
Apelo para ser um Discípulo
Multiplicador:
Cada participante é convocado a
se tornar um discípulo multiplicador, influenciando vidas ao seu redor.
Assim como os primeiros discípulos foram desafiados a fazer discípulos de todas
as nações, que cada um de nós abrace essa missão com zelo e paixão,
multiplicando o impacto do Reino de Deus.
Que possamos sair daqui hoje,
firmes no propósito, prontos para sermos instrumentos de transformação em
nossos PGMs e em nossas comunidades.
E que Cristo, em sua infinita
graça, nos abençoe sempre!
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