QUEM VOCÊ VÊ NA MANJEDOURA?
QUEM VOCÊ VÊ NA MANJEDOURA?
Mateus 2:1-11
1Depois
que Jesus nasceu em Belém da Judéia, nos dias do rei Herodes, magos vindos do
Oriente chegaram a Jerusalém 2e perguntaram: "Onde está
o recém-nascido rei dos judeus? Vimos a sua estrela no Oriente e viemos
adorá-lo". 3Quando o rei Herodes ouviu isso, ficou
perturbado, e com ele toda a Jerusalém. 4Tendo reunido todos
os chefes dos sacerdotes do povo e os mestres da lei, perguntou-lhes onde
deveria nascer o Cristo. 5E eles responderam: "Em Belém
da Judéia; pois assim escreveu o profeta: 6‘Mas tu, Belém, da
terra de Judá, de forma alguma és a menor entre as principais cidades de Judá;
pois de ti virá o líder que, como pastor, conduzirá Israel, o meu povo’ ".
7Então Herodes chamou os magos secretamente e informou-se com
eles a respeito do tempo exato em que a estrela tinha aparecido. 8Enviou-os
a Belém e disse: "Vão informar-se com exatidão sobre o menino. Logo que o
encontrarem, avisem-me, para que eu também vá adorá-lo". 9Depois
de ouvirem o rei, eles seguiram o seu caminho, e a estrela que tinham visto no
Oriente foi adiante deles, até que finalmente parou sobre o lugar onde estava o
menino. 10Quando tornaram a ver a estrela, encheram-se de
júbilo. 11Ao entrarem na casa, viram o menino com Maria, sua
mãe, e, prostrando-se, o adoraram. Então abriram os seus tesouros e lhe deram
presentes: ouro, incenso e mirra.
Isaías 9:6
Porque um menino
nos nasceu, um filho nos foi dado, e o governo está sobre os seus ombros. E ele
será chamado Maravilhoso Conselheiro, Deus Poderoso, Pai Eterno, Príncipe da
Paz.
Introdução: No mês de dezembro
o mundo inteiro para para comemorar o Natal. Ceias, festas, viagens, compras,
presentes, flores, cartões, ruas enfeitadas, luzes, sinos, presépios, Papai
Noel, música, alegria. O Natal movimenta o comércio, movimenta as pessoas,
movimenta o mundo. E tudo é tão rápido, e tão confuso, que quando nos damos por
nós mesmos, já é 26 de dezembro, e muitas vezes o que resta é o cansaço.
A agitação foi grande, os gastos
muito acima do que poderíamos, e agora é hora de contabilizar tudo e tentar
colocar a vida de volta no lugar.
Toda essa confusão me lembra a
história de um hospital inglês fundado em 1247, que se chamava Saint Mary's
of Bethlehem, ou Santa Maria de Belém. Tempos mais tarde o hospital
tornou-se uma casa de acolhimento de doentes mentais. Mas a história conta que
naquele lugar os internos eram maltratados, viviam presos por correntes e sofriam
todos os tipos de abusos por parte dos cuidadores.
Isso fazia com que passassem os
dias e as noites a gemer e gritar, o que fez aquele lugar ficar conhecido como
um local de confusão e barulho.
Com o passar dos anos, o lugar não
era mais chamado Saint Mary's of Bethlehem, mas apenas Bethlehem, e
posteriormente, encurtou-se a palavra para Beth-lem, nome que, pela semelhança
da pronúncia, passou a ser Bedlam, que significa confusão.
É interessante como um nome tão
bonito como Belém, com o passar dos anos se transformou em confusão. Mas
isso ilustra bem o que aconteceu com o Natal, com o passar dos séculos.
O Natal de Jesus se transformou
em uma celebração confusa, secular, comercial, e a festa, para muitos, nada tem
a ver com a celebração do seu nascimento.
Este ano o comércio está animado.
Após dois anos de pandemia e de restrições, finalmente as lojas estão abertas. Segundo
a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, (CNC), as vendas
do Natal deste ano devem movimentar R$ 34,3 bilhões no comércio. E para atender
a tamanha demanda, é provável que mais de 73 mil vagas de trabalho temporário
sejam criadas.
E qual é o mal disso? O mal é que
a preocupação maior das pessoas não está em celebrar o Menino da Manjedoura,
mas de dar e receber presentes, fazer e participar de banquetes. O mal é que o
coração de muita gente não está na celebração espiritual, mas na material,
eivada das corrupções do mundo.
A festa que deveria homenagear ao
Menino da Manjedoura, a cada dia se torna menos espiritual e mais comercial,
material e até mesmo profana.
E por quê isso acontece?
O texto que lemos diz que “o
governo está sobre os seus ombros”. O governo está sobre aquele Menino de
Belém. O Menino que nasceu humilde, numa estrebaria, “Deus o exaltou à
mais alta posição e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao
nome de Jesus se dobre todo joelho, no céu, na terra e debaixo da terra, e toda
língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus Pai.
(Filipenses 2:9-11)
Jesus Cristo é o Senhor! E
isso atrapalha o plano das pessoas de viverem suas vidas como bem entenderem, sem
estarem sujeitas ao senhorio do Rei Jesus. Celebrar o Menino da Manjedoura implica
reconhece-lo como Rei, e reconhece-lo como tal implica sujeitar-se ao seu
senhorio, e isso significa negar-se a si mesmo.
É preciso voltar às origens,
voltar à manjedoura, voltar ao Menino de Belém. Esse mês de dezembro de 2021 é
uma nova oportunidade que surge, em um mundo tão complicado e confuso, para que
retornemos ao primeiro amor, e restauremos o verdadeiro sentido do Natal em
nossas vidas, celebrando o Menino da Manjedoura.
E quem é esse Menino? Quase
todos aqui, com certeza, responderiam: É Jesus, o Salvador! Sim, é verdade. Aquele
Menino é Jesus, o nosso Salvador e Senhor. Mas a pergunta não é essa. Não é uma
retórica. É uma pergunta direta, e pessoal. Quem é o Menino da Manjedoura para
mim? O que eu vejo quando olho para Ele? O que eu sinto ao falar do nascimento
de Jesus, do Natal? O que tudo isso significa para mim?
Existem algumas formas de
olhar para o Jesus da Manjedoura. Alguns sentimentos que as pessoas têm quando
se referem a Ele.
I – PARA ALGUMAS PESSOAS, O
MENINO DA MANJEDOURA É UM OPONENTE.
Desde o seu nascimento Jesus foi
visto por alguns como um importante rival. A Bíblia diz que Herodes, o Grande, governador
da Judeia na época do nascimento de Jesus, ficou muito preocupado ao saber do
nascimento de um novo Rei.
Mateus 2:1-3 diz: Depois
que Jesus nasceu em Belém da Judéia, nos dias do rei Herodes, magos vindos do
Oriente chegaram a Jerusalém e perguntaram: "Onde está o recém-nascido rei
dos judeus? Vimos a sua estrela no Oriente e viemos adorá-lo". Quando o
rei Herodes ouviu isso, ficou perturbado, e com ele toda a Jerusalém.
Herodes, o grande era filho de
Antípatro, um idumeu, ou seja, descendente de Esaú. Logo, não era judeu. Sua mãe
se chamava Cipros, e era Árabe. Antípatro, foi um homem que prosperou muito na
corte romana. Quando os romanos ocuparam a Judeia, ele recebeu o governo de
presente, e após a sua morte, Herodes, o grande, seu filho, reinou sobre todo o
território da Judeia.
Ou seja, os Herodes não eram
judeus legítimos e não deveriam, de forma alguma, estar ocupando o trono e, sem
dúvidas, o nascimento de um novo Rei ameaçava fortemente o seu poder.
Assim, Herodes passa a ver Jesus
como um rival. Sua perturbação foi tanta que ele chegou a ordenar o assassinato
de todos os meninos menores de 2 anos em Belém, na esperança de matar Jesus juntamente
com eles. Estudiosos afirmam que de 20 a 30 meninos foram mortos nesse massacre,
visto que Belém era uma vila de cerca de mil habitantes. Essa é, claro, uma
estimativa estatística.
Da mesma forma que Herodes viu
naquele Menino um rival, um opositor, muitas pessoas ainda hoje o veem assim. O
Menino Rei ameaça muita gente. Ameaça o sentimento de autossuficiência, ameaça a
autoconfiança, ameaça a liberdade de muitos viverem suas vidas de forma
desregrada e irresponsável, ameaça o nosso governo de nós mesmos, ameaça a
pseudoliberdade.
Mas, o mais importante, o Menino
da Manjedoura ameaça todos os planos do reino das trevas, e todos aqueles que
ainda estão presos ao pecado são ameaçados pelo seu governo.
Se você sente que qualquer
parte da sua vida, seja planos, decisões ou objetivos pode ser frustrado pela
submissão ao senhorio de Cristo, então você também O está vendo como um rival,
como um oponente. E é preciso que essa visão mude, para que você encontre a
verdadeira vida nEle.
II – PARA OUTRAS PESSOAS, O
MENINO DA MANJEDOURA É APENAS UMA RELIGIÃO.
Mateus 2:4-6: Tendo reunido
todos os chefes dos sacerdotes do povo e os mestres da lei, perguntou-lhes onde
deveria nascer o Cristo. E eles responderam: "Em Belém da Judéia; pois
assim escreveu o profeta: ‘Mas tu, Belém, da terra de Judá, de forma alguma és
a menor entre as principais cidades de Judá; pois de ti virá o líder que, como
pastor, conduzirá Israel, o meu povo’ ".
Os chefes dos sacerdotes e os
mestres da Lei eram os líderes do povo. Eram sacerdotes, pastores, guias,
homens bem preparados, estudados, qualificados, entendidos da Palavra de Deus.
Eles são convocados por Herodes para uma reunião sobre o local do nascimento do
novo Rei. E eles dão a informação com exatidão.
Eles sabiam de quem se tratava.
Eles sabiam quem era o Menino da Manjedoura. Mas eles estavam muito ocupados em
seu ofício religioso, e não deram a menor importância. Como sacerdotes, homens
de Deus, deveriam ser os primeiros a montar em seus camelos e ir visitar Jesus,
como os magos fizeram. Mas não. Para eles, não passava de mais um, que viria
criar uma nova religião. Um líder, um homem forte, talvez até um rei que
destronasse os Herodes e, quem sabe, até os romanos. Mas não um Deus!
Quantas pessoas estão olhando
para o Menino da Manjedoura e vendo apenas um líder religioso, um Profeta, um
grande homem, mas apenas um homem. O Deus forte, o Deus poderoso de Isaías 9
não é visto em Jesus. Não creem nele como Deus, e por isso não o servem como
tal.
Não existe cristianismo sem
Cristo. Jesus só foi capaz de nos salvar por ser Deus. Um homem, por maior que seja,
ainda é só um homem. Somente o Deus da Manjedoura, o Menino Deus, que se tornou
o Homem-Deus, e que foi exaltado acima de tudo e de todos, é capaz de salvar e
abençoar.
Sim, Jesus é Deus. João deixa
isso bem claro no início de seu Evangelho, quando diz que “no princípio era
o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus” (Jo 1.1).
Se você ainda não vê Jesus
como Deus da sua vida, é impossível que você o consiga honrar como tal, e assim
torna-se impossível ser alcançado pela sua graça salvadora. Ao olhar para o
Menino da Manjedoura, é preciso ver Deus, em toda a sua plenitude.
III – MAS PARA ALGUNS, ELE É O
REI DOS REIS, SENHOR DOS SENHORES, O SALVADOR E SENHOR DAS NOSSAS VIDAS.
Os magos vinham de fora da Judeia.
Eram estrangeiros. Provavelmente persas,
ou até indianos. Não se sabe ao certo de onde vinham, nem se vinham todos do
mesmo país. É provável que não. Também não sabemos seus nomes, nem mesmo
quantos eram. Os nomes Baltazar, Gaspar e Melchior não constam na Bíblia e são
uma criação da tradição católica. É provável, também, que fossem vários, e não
apenas três. Mateus não diz quantos eram. O versículo 1 fala de alguns magos,
mas não diz quantos. Eles trouxeram 3 presentes, mas não significa que eram
apenas 3 homens. Além disso, os três presentes foram apresentados como símbolos
de reconhecimento. Pela tradição, ouro era oferecido a reis, em festa de
coroação, como símbolo de poder. Incenso era oferecido a sacerdotes, como
símbolo de espiritualidade, e a mirra era oferecida ao profeta, e simbolizava a
imortalidade, visto que normalmente era utilizada para embalsamar corpos.
Assim, aqueles sábios, homens de
vários lugares do mundo, reconheceram Jesus como Rei, Sacerdote e Profeta. Em
outras palavras, eles olharam para o Menino da Manjedoura e viram ali, o Rei,
Senhor e Salvador da humanidade.
A visita dos magos foi
cumprimento de profecia. Salmos 77.10,11 diz: “Que os reis de Társis e das
regiões litorâneas lhe tragam tributo; os reis de Sabá e de Sebá lhe ofereçam
presentes. Inclinem-se diante dele todos os reis, e sirvam-no todas as nações”.
Eles não pensaram duas vezes. Não
ficaram questionando se era ou não o Deus encarnado. Eles simplesmente se
renderam, negaram a si mesmos, prostraram-se diante do Menino e o adoraram (Mt
2.11).
Conclusão
O que falta para muita gente hoje
é ter a atitude dos magos. É reconhecer Jesus como Deus, como Senhor e como
Salvador. É olhar para a Manjedoura e ver ali a única esperança para a humanidade.
É olhar para o Menino de Belém e ver a graça, o perdão, o amor incondicional,
mas é também ver a Realeza. Ver o Senhor do Universo, o Soberano dos céus e da
terra. Aquele que reina por toda a eternidade.
Neste mês de dezembro, você pode olhar
de três formas para o Menino da Manjedoura. Ou como um adversário, que veio
para atrapalhar o seu controle sobre sua própria vida, um religioso, dono do
cristianismo, mas apenas um líder, ou o Messias Salvador, o Grande Rei que
governa com justiça, e salva pela graça.
Quem você vê na Manjedoura?
Que Cristo, em sua infinita graça,
nos abençoe sempre!
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