APRENDENDO COM EÚDE A SE LIBERTAR DA OPRESSÃO DO PECADO
APRENDENDO COM
EÚDE A SE LIBERTAR DA OPRESSÃO DO PECADO
Então os filhos de
Israel clamaram ao Senhor, e o Senhor lhes levantou um libertador, a Eúde,
filho de Gera, filho de Jemim, homem canhoto. E os filhos de Israel enviaram
pela sua mão um presente a Eglom, rei dos moabitas. (Juízes 3:15)
INTRODUÇÃO
O povo de Israel já havia
conquistado a terra prometida, mas ainda existiam alguns povos no grande
território de Canaã que precisavam ser expulsos. Ao receber a sua parte na
divisão das terras, cada tribo deveria expulsar os inimigos que ali habitavam,
e ninguém deveria ser poupado.
Contudo, apesar de começar bem,
algumas tribos como Benjamim e Manassés preferiram não expulsar os moradores da
terra, antes decidiram permitir que continuassem vivendo ali, a troco de
serviços e impostos. As outras tribos seguiram o exemplo e também não
expulsaram os inimigos, passando a conviver com eles, se misturar com eles e,
principalmente, a participar do culto às divindades pagãs daqueles povos.
Por isso a ira do Senhor se
acendeu contra Israel, e Deus determinou que os povos inimigos não fossem mais
expulsos dali, mas que ficassem para ser como espinhos na carne para o povo de
Israel.
A partir dali, Israel precisaria
ter mais atenção para com as coisas do Senhor, para não se misturar com o
pecado, caso contrário, se tornaria presa fácil para os inimigos.
Entretanto, Israel não observou
os preceitos do Senhor e permitiu que o pecado que estava em volta contaminasse
o povo, e por isso foram dominados pela Mesopotâmia por 8 anos.
Como filhos de Deus, cristãos,
povo escolhido do Senhor, nós também vivemos rodeados de povos pagãos, ímpios e
infiéis, e precisamos observar a nossa conduta para não permitirmos que o
pecado nos contamine. O envolvimento com o pecado é o primeiro degrau para o
homem ser dominado.
Depois de oito anos de opressão,
Israel cai em si, e se arrepende, e clama ao Senhor por libertação, e Deus
levanta Otniel, sobrinho de Calebe, para ir à batalha, libertar Israel, e
depois liderar o povo, como Juiz, durante 40 anos, até a sua morte.
Contudo, após a morte de Otniel,
o povo novamente deixou de observar os preceitos do Senhor, e voltou a se
envolver, principalmente com as religiões pagãs dos povos vizinhos, e por causa
disso o Senhor permitiu que os Moabitas e os Amonitas, povos descendente de Ló,
sobrinho de Abraão, com ajuda dos Amalequitas, dominassem Israel, que serviu
como escravo àqueles povos por 18 anos.
Novamente Israel se arrependeu, e
aqui começa a história de nosso personagem desta noite, Eúde, o segundo juiz de
Israel. O homem a quem Deus levantou para libertar o povo das mãos de Moabe e
seus aliados.
Com ele vamos aprender, nesta
noite, quatro lições que, se bem observadas e colocadas em prática, poderão
fazer de nós homens e mulheres verdadeiramente vitoriosos contra o mundo e
contra o pecado.
I – NÃO EXISTE PECADO NEUTRO –
O ENVOLVIMENTO COM O PECADO SEMPRE TRÁS CONSEQUÊNCIAS RUINS
Porém os filhos de Israel
tornaram a fazer o que era mau aos olhos do Senhor; então o Senhor fortaleceu a
Eglom, rei dos moabitas, contra Israel; porquanto fizeram o que era mau aos
olhos do Senhor. (Juízes 3:12)
É incrível como Israel tinha
facilidade de se afastar dos caminhos do Senhor. Enquanto Otniel era vivo, e
liderava o povo, eles se mantiveram fiéis. Bastou porém Otniel falecer, e
Israel novamente começou a se misturar com o pecado, principalmente o da
idolatria. E por que isso acontecia?
Porque Israel confiava mais na
liderança humana do que na liderança de Deus. Isso é visto em toda a
história da nação de Israel. Sempre confiando em líderes, e fazendo o que eles
mandavam. O povo não tinha intimidade com o Senhor. Se relacionava com Deus através
de outros.
Isso começou no deserto, muitos
anos antes, quando o Deus falou com o povo, mas eles ficaram aterrorizados, e
não quiseram ouvir a voz de Deus, antes pediram a Moisés que fosse o
intermediário entre Deus e eles. (Ex
20.18-20)
Desta forma, sem relacionamento,
o povo ficou mais sujeito à ação do pecado.
Sem relacionamento com Deus,
somos presas fáceis para o pecado. Quando nos envolvemos com o pecado, o
inimigo se levanta contra nós para nos dominar, assim como Moabe se levantou
contra Israel. E o resultado desse domínio são as consequências do pecado:
morte, roubo e destruição.
Quantas pessoas estão vivendo
sob o domínio do pecado! Fazem coisas que não queriam fazer, falam coisas que
não gostariam de falar, não têm paz, não têm sucesso em seus projetos, sua vida
emocional é uma tragédia, sua vida social é uma farsa, vivem cada dia pensando
e lutando apenas para sobreviver, e não têm nenhuma expectativa em relação ao
futuro!
Talvez eu esteja falando com
alguém que está vivendo algo parecido. E o que o Senhor manda dizer para você
nesta noite é que há esperança em Jesus. Há libertação em Cristo para essas
amarras que estão te aprisionando. Renda-se a Cristo, entregue sua vida a Ele e
seja liberto dessa opressão que tanto te faz sofrer!
O pecado nos aprisiona. O poder
do pecado nos leva a pecar novamente, e novamente somos acorrentados, e esse
ciclo vai se repetindo infinitamente nos prendendo em correntes inquebráveis
para nós. Somente Cristo é capaz de desatar as cadeias do pecado.
II – QUANDO NOS ARREPENDEMOS,
DEUS SE PROPÕE A NOS LIBERTAR
Então os filhos de Israel
clamaram ao Senhor, e o Senhor lhes levantou um libertador (Juízes 3:15)
Deus não tem nenhum prazer no
sofrimento humano. Ao contrário, o que Ele nos oferece é vida abundante.
O que acontece é que nossas ações
e omissões nos enredam e amarram, afastando-nos do propósito dEle para nossas
vidas.
Bastou o povo clamar para que Deus
levantasse um novo libertador, Eúde.
Dezoito anos haviam se passado, e
o sofrimento se tornava insuportável. Israel se lembrou dos quarenta anos de
vida abundante sob o comando de Deus, por meio de Otniel, e então clamou ao
Senhor.
Ao ouvir o clamor do seu povo,
Deus levanta um libertador imediatamente, para restituir a vida abundante que
Ele tinha para o seu povo, e que eles haviam perdido por causa do pecado.
A única barreira que existe hoje
entre a condição de dor e sofrimento do ser humano e a vida abundante em Cristo
é o arrependimento e o clamor. Nada mais impede o homem de ser alcançado pela
graça de Cristo, a não ser a sua própria recusa.
Quantas pessoas estão sofrendo,
amargando as consequências do pecado em suas vidas, e não se dão conta que basta
clamar, que Ele ouve. Eis que a mão do SENHOR não está encolhida, para
que não possa salvar; nem agravado o seu ouvido, para não poder ouvir (Isaías
59:1).
Meu irmão, meu amigo, se você
se encontra amarrado, oprimido pelo pecado, sem perspectiva, sem esperança, se
tudo que acontece na sua vida se parece mais com morte, roubo e destruição, do
que com vida abundante, só está faltando uma coisa para que essa situação mude:
Clame! Arrependa-se, reconheça os seus pecados e que precisa de libertação.
Entregue sua vida a Cristo, e permita que Ele mude o seu Destino. Jesus é a
única esperança, mas não precisa ser a última opção. Não espere anos e anos na
opressão do pecado. Entregue-se a Jesus hoje e mude de vida.
III – A LIBERTAÇÃO VEM DE JESUS,
MAS É PRECISO IR À GUERRA
E Eúde fez para si uma espada
de dois fios, do comprimento de um côvado; e cingiu-a por baixo das suas
vestes, à sua coxa direita. (Juízes 3:16)
Eúde não ficou parado, esperando
que Deus fosse descer em pessoa e exterminar os inimigos. Ele usa uma
estratégia e parte para a guerra. Eúde vai até o rei inimigo, supostamente para
entregar um presente. Mas ele estava preparado, com uma espada de dois fios,
bem guardada, para ser usada no momento certo. Quando ele tem a oportunidade,
pegou sua espada e matou o rei inimigo.
Hoje, assim como Eúde, precisamos
estar munidos da espada de dois gumes, ou dois fios, para usarmos contra o
inimigo.
Hebreus 4.12 diz que “a
palavra de Deus é viva e eficaz, e mais afiada que qualquer espada de dois
gumes”.
O problema é que tem muita gente
indo contra o inimigo até com boas estratégias, até com um bom planejamento,
mas falta o principal, a Palavra de Deus. Ela é quem nos sustenta, alimenta,
fortalece e dá estratégias para vencermos o pecado. Não há vitória contra o
pecado sem a Palavra de Deus!
Quantas pessoas têm negligenciado
a Palavra! A realidade da grande maioria das igrejas hoje é que as celebrações
estão sempre cheias, mas os estudos bíblicos pouco frequentados. Parte das
igrejas nem tem mais Escola Bíblica Dominical, e as que têm são frequentadas
por poucos.
Como venceremos o inimigo sem
a Palavra de Deus em nossos corações? Como teremos vida abundante se nem ao
menos conhecemos o autor da vida?
Negligenciar o estudo da Palavra
de Deus é ir ao inimigo sem armas. O resultado será, impreterivelmente, o
fracasso.
Eúde vai à guerra preparado.
Primeiro ele mata o rei, eliminando todo o comando inimigo. E depois, com o
restante do povo, vai à guerra para vencer.
IV – NÃO IMPORTA O TAMANHO DO INIMIGO
E naquele tempo feriram dos
moabitas uns dez mil homens, todos corpulentos, e todos homens valorosos; e não
escapou nenhum. (Juízes 3:29)
Quando Eúde sai em batalha contra
os amonitas, moabitas e amalequitas, encontra um exército poderoso. Dez mil
homens altos, fortes, musculosos e bem preparados para a guerra. Aliás, os
cananeus eram conhecidos por seu tamanho. Anos antes, quando Josué mandou doze
espiões para sondar o território inimigo, recebeu como relatório que ali haviam
homens grandes e fortes, e que era como se o povo de Israel fosse como
gafanhotos, se comparados com eles (Nm 13.31-33).
Mas Eúde estava preparado para a
Batalha e confiado no poder libertador do Senhor, portanto o tamanho do inimigo
não fazia a menor diferença.
Qual o tamanho do seu inimigo?
Qual a intensidade da força que prende sua vida? Qual o poder das amarras que o
impedem de prosseguir rumo à vida abundante que tanto ouve falar, mas que até
hoje não foi capaz de experimentar? O Senhor está dizendo nesta noite que independente
do tamanho do inimigo, você pode ser liberto e sair daqui vitorioso nesta
noite, 1 João 4:4 dz: “Filhinhos, sois de Deus, e já os tendes vencido;
porque maior é o que está em vós do que o que está no mundo”.
Eúde não se importou com o número
de soldados, nem com o seu tamanho, ou força. Deus estava com ele, logo a
vitória estava garantida.
CONCLUSÃO
Assim foi subjugado Moabe
naquele dia debaixo da mão de Israel; e a terra sossegou oitenta anos. (Juízes
3:30)
Oitenta anos foi o tempo de paz e
prosperidade. Oitenta anos é basicamente uma vida inteira. Eúde confiou no
Senhor, se preparou para a batalha, foi à guerra e conquistou vitória para uma
vida inteira.
Você quer ser vitorioso por
toda a vida? Quer se livrar da opressão do inimigo e caminhar como um vencedor
todos os dias de sua vida? Não espere mais. Entregue seu coração a Jesus,
arrependa-se, reconheça seus pecados e sua dependência dEle. Aceite o
sacrifício de Jesus na cruz por você. Aceite o perdão. Receba a salvação e viva
abundantemente todos os dias aqui na terra, até que finalmente chegue à
eternidade, onde viverá eternamente com Ele.
Que Cristo, em sua infinita
graça, nos abençoe, sempre!
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