O GRANDE AMOR DE DEUS

 



O GRANDE AMOR DE DEUS

 

1 João 3:16

Nisto conhecemos o que é o amor: Jesus Cristo deu a sua vida por nós, e devemos dar a nossa vida por nossos irmãos.

 

Dia desses estava assistindo alguns vídeos na internet, e me deparei com uma cena de uma garotinha que acabava de sair da escola, e se dirigia, juntamente com seu pai, para uma padaria, para fazer um lanche. Próximo à padaria eles se depararam com um morador de rua já idoso, e a menina pediu ao pai que desse algo de comer àquele senhor. O pai, nesse momento, diz a ela que ele só tinha dinheiro para um lanche, e que, se comprasse o lanche para aquele senhor, ela não poderia lanchar. A menina, de apenas 6 anos de idade, não pensou duas vezes. Comprou o lanche e ofereceu ao morador de rua, abrindo mão de se alimentar naquele momento.

Quando vejo histórias assim, nesse mundo tão egoísta e hedonista, fico pensando: porque será que atitudes como essa nos comovem, mas as atitudes de amor de Deus para com o homem nem sempre são comoventes para ele.

Uma garotinha que abriu mão de se alimentar para dar de comer a um morador de rua viraliza na internet, e isso se torna um fenômeno, mas o amor de Deus, demonstrado e consumado na cruz do Calvário, não é suficiente para que muitas pessoas se sintam tocadas por esse grande amor.

O fato é que muitas pessoas – e muitos de nós temos alguma relação de pertinência com este conjunto – ou se acostumaram com uma vida mediana, ou então se acostumaram com o evangelho raso que infelizmente tem sido pregado de forma muito intensa ultimamente.

Nesta noite quero conversar com você por alguns minutos sobre esse grande amor de Deus, que ele é e o que ele não é.

 

1. O amor de Deus é pessoal:

Jeremias 31:3 - Há muito que o Senhor me apareceu, dizendo: Porquanto com amor eterno te amei, por isso com benignidade te atraí.

É muito comum ouvirmos que Deus ama todas as pessoas, e isso é uma verdade. Ele de fato ama a todos. Mas o amor de Deus não se limita a isso. Ele é pessoal. O amor de Deus é manifesto a cada um, individualmente.

E qual a diferença entre um amor geral e um amor pessoal? É imensa. Nós, por exemplo, amamos as pessoas. Amamos gente do nosso convívio, e até gente desconhecida. Tenho certeza que, se um desconhecido pedir uma ajuda a qualquer um aqui, e for algo dentro das suas possibilidades, dificilmente você negaria ajuda.

Nos comovemos, por exemplo, com casos de maldade contra um ser humano, que são noticiados. Nos revoltamos com a injustiça e a violência contra outras pessoas... e tudo isso por quê? Porque amamos. É um amor geral, global.

Mas sempre existe alguém para quem o nosso amor é diferenciado. Pode ser o cônjuge, os pais, os filhos... você não ama o seu filho da mesma forma que você ama um estranho.

Esse amor diferenciado é que se chama amor pessoal. Ele é muito maior, e muito mais sólido. Esse amor considera a pessoa amada, suas necessidades, seus anseios, seus planos, suas dificuldades, suas qualidades, suas particularidades, etc.

É assim que Deus nos ama. Pessoalmente.

E você pode experimentar esse amor pessoal. Basta entregar verdadeiramente sua vida a Cristo, e recebe-lo como Salvador e Senhor, e então passará a viver esse amor, e a experimentar tudo o que Deus planejou e desejou para sua vida.

 

2. O amor de Deus não está fundamentado em sentimentos

Romanos 5.5: E a esperança não nos decepciona, porque Deus derramou seu amor em nossos corações, por meio do Espírito Santo que ele nos deu.

O amor humano é baseado em sentimentos. Amamos as pessoas porque elas nos amam primeiro, ou porque elas são boas para nós de alguma forma. E quando esse retorno não acontece, normalmente dizemos que o amor esfriou, e daqui a pouco deixamos de amar aquela pessoa e procuramos outra para amar. Ou preferimos não amar mais ninguém.

Isso se dá pelo fato de que o amor humano, muitas vezes, é baseado em sentimentos.

Deus, ao contrário, não baseia o seu amor  em nada, a não ser nEle mesmo. O seu amor em nós é derramado por meio do Espírito Santo, ou seja, Ele próprio é a base do seu amor, por isso seu amor por nós não muda de acordo com o que fazemos ou deixamos de fazer para Ele.

Os sentimentos são volúveis. Mudam de direção a todo momento. Hoje você gosta, amanhã não gosta mais, depois volta a gostar, passa um tempo e pode odiar, e daí mais um tempo ser indiferente... sentimentos são vãos e não podem nos dirigir.

O amor de Deus não está baseado em sentimentos, mas nEle mesmo. Ele não sente amor por mim e por você. Ele nos ama. Não está no campo do sentimento, mas no campo do entendimento. Não é algo apaixonado, romantizado. É algo concreto e real, diferente de tudo o que o homem já tenha experimentado.

 

3. O amor de Deus é rico em misericórdia

Efésios 2:4-6: 4Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, 5Estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos), 6E nos ressuscitou juntamente com ele e nos fez assentar nos lugares celestiais, em Cristo Jesus;

Misericórdia é uma palavra que vem do latim, e é construída através da junção de três termos: Miseratio, cardia e dare.

Miseratio vem do termo miserere, cujo significado é “compaixão”;

Cardia tem a ver com o coração.

E dare significa dar, oferecer algo a alguém.

Juntos, os termos significam “dar o coração àqueles que são vítimas da miséria”.

Muitas pessoas pensam que misericórdia é sentir dó, ou pena de alguém, por algum motivo. Assim, quando a Bíblia fala de misericórdia de Deus, o que normalmente vem à mente é que Deus ficou com pena de alguém, e resolveu ajudar, por isso, foi misericordioso. Esse, infelizmente, é um sentido romantizado da palavra.

A misericórdia do Senhor, assim como o seu amor, não é fundamentada em sentimentos. Dó, pena, são sentimentos, e pode ser até que sejam legítimos. Mas não constituem a fundamentação da misericórdia de Deus.

Quando a Bíblia fala de misericórdia, está dizendo que Deus literalmente viu a nossa condição miserável, literalmente sentiu a dor que sentimos, literalmente viu a nossa condição, a nossa luta, o pecado nos dominando, o caminho escuro que estávamos trilhando, e decidiu oferecer a nós o seu coração amoroso e perdoador.

Podemos nos sentir socorridos a todo momento por meio da misericórdia de Deus. E mesmo quando pecamos, sua misericórdia continua sendo derramada sobre nós, e Ele continua a nos acudir em nossas fraquezas, para nos reconduzir ao caminho da vida, chamado Jesus Cristo.

Por meio da sua misericórdia, Deus deseja ansiosamente que nos arrependamos e voltamos para Ele, e Ele é quem corre ao nosso encontro, quando isso acontece. E quando Ele nos recebe com um abraço e um beijo, uma grande festa é celebrada, em comemoração ao nosso retorno, conforme nos ensina a parábola do filho pródigo Lc 15.11ss)

Por causa da misericórdia de Deus eu e você, por intermédio de Jesus, não somos vistos por Deus como meros pecadores, mas sim como filhos amados.

O que Deus vê quando olha para você? Um pecador miserável, perdido, cheio de manchas e machucados? Isso pode mudar hoje. Arrependa-se hoje dos seus pecados. Entregue seu coração a Jesus, receba a misericórdia que está disponível. Seja revestido hoje da justiça de Cristo, e Deus passará a ver um santo, um justo ao olhar para sua vida.

 

4. O amor de Deus não é romântico. É genuíno.

1 Coríntios 10:24: Ninguém busque o proveito próprio; antes cada um o que é de outrem.

Infelizmente vivemos a era do amor romântico, que tem início quando a pessoa olha para dentro de si mesma.

O escritor americano Jonathan Leeman, em seu livro “A Regra do Amor” diz que:

“Não importam as expectativas do pai, a lista de tarefas da mãe ou os sermões do Pastor. Quem eu sou? Do que eu preciso? Como me sinto no que diz respeito a esta outra pessoa? Ela me compreende? Ela me ajudará a ser tudo aquilo que eu devo ser?” A autodescoberta dá, portanto, lugar à autorrealização e autoexpressão: “Este é quem eu sou, pai. Eu irei em busca dessa pessoa”.

Essa afirmação resume bem o significado de amor hodierno. Eu olho para dentro de mim, começo a buscar um autoconhecimento, e a partir do momento que começo a me conhecer, e percebo quais são as minhas necessidades, então eu começo a buscar pessoas que preenchem tais necessidades, e a essas pessoas eu começo a dedicar o meu amor.

O amor romantizado é aquele que leva uma mãe a tirar satisfações com a professora porque o filho não foi bem na prova.

O amor romantizado é aquele que, em nome de uma pseudoproteção ou de um pseudocuidado, acoberta os erros da pessoa supostamente amada. Ou até reconhece que houve o erro, mas jamais concorda com o tamanho da punição.

Não. Definitivamente não é esse o amor que Deus nos oferece, definitivamente não pode ser esse o tipo de amor que oferecemos às pessoas.

O amor de Deus jamais encobre os nossos pecados. O amor de Deus jamais passa a mão na cabeça. O amor de Deus reconhece quem somos, e nos ama como somos, mas não compactua com nossos erros.

O amor de Deus não é um salvo conduto para que o ser humano possa fazer o que quiser. Pecado continua sendo pecado, e as consequências dele continuam acometendo os pecadores.

Para experimentar o amor de Deus, que está disponível a todas as pessoas, é preciso arrependimento e renúncia. Não que Deus passa a nos amar apenas a partir do arrependimento, Ele nos amou muito antes disso. Mas só conseguiremos alcançar esse amor, no momento que nos voltarmos para Ele.

Não existe cristianismo sem renúncia. Não existe vida cristã sem arrependimento. E o amor de Deus não vai fazer nada “errado” para nos livrar das consequências dos nossos pecados.

 

5. O amor de Deus é Incondicional:

Tito 3.4-6: Mas, quando, da parte de Deus, nosso Salvador, se manifestaram a bondade e o amor pelos homens, não por causa de atos de justiça por nós praticados, mas devido à sua misericórdia, ele nos salvou pelo lavar regenerador e renovador do Espírito Santo, que ele derramou sobre nós generosamente, por meio de Jesus Cristo, nosso Salvador.

Talvez um dos maiores erros do ser humano é pensar que precisa se esforçar muito para continuar sendo amado por Deus, para agradá-lo, e até para receber a salvação em Jesus.

É um sentimento de que “se eu for bom, se eu fizer coisas boas, se as minhas boas obras forem suficientes, então, quem sabe, naquele dia, Deus terá misericórdia de mim, e me dará um lugar no céu”?

Talvez você que me ouve nesta noite já tenha sentido isso em algum momento de sua vida. Mas o que a Bíblia nos ensina é que Deus nos ama porque Ele é amor, e isso tem a ver com a sua essência, com a sua forma de ser, e não com o que nós fazemos ou deixamos de fazer.

Se você for o maior dos pecadores, ou o mais devoto dos santos, Deus o amará da mesma forma. A diferença não está no amor de Deus, mas sim nas decisões que nós tomamos.

O amor de Deus não depende de quem você é, mas sim, de quem Ele é. Esse amor está disponível para você neste momento, e para experimentá-lo não só pelo resto de sua vida, mas por toda a eternidade, você precisa tomar uma decisão hoje, de entregar sua vida e seu coração a Jesus.

 

Conclusão

Deus é amor. É o amor verdadeiro, presente, real e pessoal. O amor que faz com que ele deseje fazer parte da nossa vida, da nossa história. O amor que faz com que Ele queira um relacionamento pessoal conosco, caminhar conosco, ser nosso guia, nosso baluarte, nosso sustentador, nosso protetor.

O desejo de Deus é se manifestar ao homem e passar a habitar o seu coração na pessoa do Espírito Santo.

Você deseja receber esse amor verdadeiro hoje? Entregue seu coração a Jesus. Arrependa-se dos seus pecados, e O aceite como Salvador e Senhor de sua vida.

Que Cristo, em sua infinita graça, nos abençoe sempre.

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