LIBERDADE VERDADEIRA



LIBERDADE VERDADEIRA


 Portanto, visto que os filhos são pessoas de carne e sangue, ele também participou dessa condição humana, para que, por sua morte, derrotasse aquele que tem o poder da morte, isto é, o diabo, e libertasse aqueles que durante toda a vida estiveram escravizados pelo medo da morte. Pois é claro que não é a anjos que ele ajuda, mas aos descendentes de Abraão. Por essa razão era necessário que ele se tornasse semelhante a seus irmãos em todos os aspectos, para se tornar sumo sacerdote misericordioso e fiel com relação a Deus e fazer propiciação pelos pecados do povo. Porque, tendo em vista o que ele mesmo sofreu quando tentado, ele é capaz de socorrer aqueles que também estão sendo tentados” (Hebreus 2:14-18). 

Liberdade. Essa é uma palavra linda, perseguida, pela qual as pessoas sempre lutaram, e continuam lutando. Viver aprisionado é algo terrível. Definitivamente não fomos criados para sermos prisioneiros.  


Hoje, mesmo estando em um mundo aparentemente hipermoderno, ainda existem muitas pessoas mundo afora que vivem aprisionadas, ou por regimes governamentais ditatoriais e totalitaristas, ou ainda aprisionadas por dogmas e credos religiosos, muitas vezes pregados por seitas e religiões pagãs. Mas infelizmente há também aqueles que estão aprisionados nas religiões e seitas que se autointitulam cristãs.  


Desde a mais remota história o homem sempre lutou por liberdade, mas nesses últimos dias, parece que essa tem deixado de ser a luta de muitas e muitas pessoas, que, muitas vezes, parecem preferir a vida de aprisionamento com todas as pseudovantagens que a mesma oferece.  


Esse quadro é diagnosticado como a maior e mais terrível prisão possível: a prisão da alma.  


Para as pessoas que têm suas almas aprisionadas, o corpo parece livre, a vida parece uma vida de liberdade, mas ele está sempre preso a dogmas, ritos e preconceitos que desencadeiam em infinitas obrigações a cumprir.  


O aprisionamento da alma, algo ao qual todos nós estamos sujeitos, leva inevitavelmente ao sofrimento e à morte. Mas Jesus veio para nos dar liberdade plena, inclusive a liberdade de nossa alma.  


Ele viveu a nossa condição, de humanos, e esteve sujeito a todas as tentações que nós, inclusive esteve sujeito às diversas tentativas de aprisionamento mental.  

O texto lido nos traz pelo menos quatro lições importantes sobre a liberdade que Jesus quer nos oferecer, que gostaria de compartilhar com você nesta noite. 


  1. Jesus Conhece Você - (visto que os filhos são pessoas de carne e sangue, ele também participou dessa condição humana - Hebreus 2:14). 


Quando olhamos para Jesus, para sua grandeza e poder, percebemos, tal como Isaías percebeu ao contemplar a visão de Deus, o quanto somos pequenos e insignificantes.  

Estudamos hoje pela manhã, na Escola Bíblica Dominical que é muito comum termos sentimentos ruins em relação à nossa condição de Salvos em Cristo, uma vez que não há absolutamente nada em nós que faça por merecer o amor e a compaixão de Deus em nosso favor.  


Mas o olhar de Deus para nós se dá em um aspecto diferente. Ele não olha simplesmente umas criaturas rebeldes e obstinadas, lá de cima, de longe, procurando ver quem obedece mais e quem peca menos. Não. Ele nos olha com um olhar aqui de baixo. Ele se fez como um de nós e portanto sabe quais são os nossos pensamentos, nossos sentimentos, nossos desejos, nossas limitações, nossas tentações, etc. 


Jesus viveu tudo isso. Ele vê o mundo e a vida como nós vemos. Portanto nada é estranho ou oculto a ele.  


Quando nos sentimos tristes, alegres, com raiva, ele sabe como é. Sentiu tudo que nós sentimos e foi tentado em tudo.  


Hebreus 4.15 vai nos dizer: Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer- se das nossas fraquezas; porém um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado”   


O que o escritor aos hebreus quer nos ensinar nesta noite é que, da mesma forma como nós não devemos e não podemos nos deixar aprisionar pelos pecados, também não podemos de forma alguma ser aprisionados pelo medo, pelo assombro do pecado que vive à nossa volta.  


Jesus nos conhece. E ele quer que vivamos uma vida livre. Livre do medo, da culpa, da ansiedade, do pânico, do pavor. Ele quer nos dar liberdade plena.  

 

  1. Aquele que tinha o poder da morte foi derrotado. (Por meio de sua morte, Jesus pode dar liberdade a todo aquele que crer e libertasse aqueles que durante toda a vida estiveram escravizados pelo medo da morte - Hebreus 2:15). 

 

O que é a morte? Ela é apenas a consequência da nossa desobediência. “porque no dia em que dela comerescertamente morrerás” (Gn 2.17).  


Havia uma lei. Uma única lei, que deveria ser cumprida. E o não cumprimento traria uma consequência terrível: a morte. Logo, a partir daquela transgressão, ou pecado, qualquer pessoa que transgredisse uma única lei de Deus, estaria sujeita ao cumprimento da sentença, ou seja, à morte.  


E como todas as pessoas, desde o primeiro até o último homem da terra, pecaram, pelo menos uma vez, todas estão inevitavelmente condenadas à morte.  


Entretanto, se existisse algum ser humano, alguém, pelo menos um, fosse quem fosse, que não transgredisse nenhuma lei de Deus, que vivesse seus dias aqui e vencesse todas as tentações deste mundo, essa pessoa jamais precisaria morrer, pois não pecou, e Deus jamais puniria um homem justo, com a mesma punição do injusto. 


E como nenhum ser humano foi capaz de se enquadrar nesse perfil, Deus mandou seu Filho, para que vivesse aqui como um de nós, e não pecasse jamais. 


Por nunca ter pecado, Jesus nunca mereceu a morte. Mas morreu assim mesmo. E é por isso que ele derrotou o diabo, a quem foi dado o poder da morte. Porque a morte de Jesus, sem pecado, pode ser utilizada como troca pela punição de qualquer pessoa.  


Assim sendo, o poder da morte foi aniquilado, pois a morte foi aplicada a um inocente. E é por isso que agora podemos ter vida. 

 

  1. Depois de vencer as tentações e a morte, e nos dar vida, Ele se preocupa em nos ajudar a vencer (Pois é claro que não é a anjos que ele ajuda, mas aos descendentes de Abraão. Hebreus 2:16) 


O Salmista, no Salmo 8.4-5 diz: "Que é o homem, para que com ele te importes? E o filho do homem, para que com ele te preocupes? Tu o fizeste um pouco menor do que os anjos e o coroaste de glória e de honra; tudo sujeitaste debaixo dos seus pés"” 


Note que o salmista reconhece que fomos agraciados pelo Senhor para dominarmos tudo que há na terra, mas que mesmo assim, fomos criados um pouco menores do que os anjos.  


Mas apesar disso, Jesus se importa em ajudar a nós, e não aos anjos. Eles têm suas funções suas ordens e suas regras, e devem viver sob elas. Aqueles que rejeitaram, se rebelaram e foram expulsos do céu juntamente com satanás. Eles não têm a graça do perdão, da salvação, não fazem jus à misericórdia salvífica de Jesus.  


Isso ele reservou para nós, seres humanos. Mas não só isso, depois que ele nos salva, Ele não nos deixa ao léu, perdidos, tendo que nos virar. Ele nos ajuda. Ele ajuda os descendentes de Abraão, que somos nós, a viver e a vencer as tentações e os tropeços da vida. Ele nos livra, nos guarda e protege.  


Mateus 6.13 - Não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal. 

 

  1. Ele faz a propiciação pelos nossos pecados, e Ele próprio é o sacrifício. (Por essa razão era necessário que ele se tornasse semelhante a seus irmãos em todos os aspectos, para se tornar sumo sacerdote misericordioso e fiel com relação a Deus e fazer propiciação pelos pecados do povo. Hebreus 2:17 

 

Para que os filhos de Deus fossem restaurados à imagem e semelhança de Deus, ao estado de glória ao qual foi criado, conforme diz o Salmo 8, Jesus realizou uma obra de salvação que envolveu quatro aspectos:  


A) ele sofreu a morte em nosso favor 

B) Ele destruiu o nosso inimigo, satanás 

C) Ele nos libertou da escravidão  

D) Ele expiou o nosso pecado 

 

Assim Ele, feito como um de nós em todos os aspectos (vv 17), ou seja, sujeito a todos os males e tentações aos quais nós também estamos sujeitos todos os dias, e tendo vencido a todos eles, tornou-se nosso Sumo-Sacerdote, ou seja aquele que faz a propiciação pelos nossos pecados diante de Deus. Aliás, Ele mesmo é a própria propiciação pelos nossos pecados (1Jo 2.2).  


Assim, Ele é aquele que oferece o sacrifício e que ao mesmo tempo é o próprio sacrifício, o que garante a aceitação por parte de Deus, garantindo a nossa plena liberdade nEle, para honra e glória do Pai.  


Portanto, o que Jesus quer de nós é que sejamos livres. Ele pagou alto preço por esta liberdade, e rejeitá-la é o mesmo que profanar o sangue da sua aliança.  

 

CONCLUSÃO


Jesus quer te libertar. Quer que você viva essa vida de liberdade, que só ele pode oferecer. Destarte, busquemos com confiança estar nEle, andar em Sua presença e viver por Ele e para Ele. Entregar nossa vida a Jesus, recebê-lo como Salvador e Senhor de nossas vidas é a única forma de sermos, de fato, livres. Livres para adorar, para viver, para vencer. Livres por toda a eternidade.           


Que Cristo, em sua infinita graça, nos abençoe sempre!                                        


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